domingo, 20 de dezembro de 2009

Desejos


Desejamos a Todos Clientes e Visitantes Um Ótimo Natal e Um Ano Novo Repleto de Realizaçôes।

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

DOBRAS CUTÂNEAS



A utilização do método de Dobras Cutâneas pode apresentar diferenças significativas se alguns cuidados não forem adotados, entre os quais podemos citar: protocolo não compatível com a população mensurada (idade, sexo, raça...) equipamento não aferido, manuseio inadequado do equipamento entre outros. Apesar disto devemos salientar que a praticidade, baixo custo e alta fidedignidade fazem com que este procedimento seja mundialmente aceito pela comunidade científica. Uma dúvida sobre este método é se a comparação entre as medidas do hemicorpo direito comparadas com as do lado esquerdo poderiam gerar diferenças estatisticamente significativas já que somos seres assimétricos. Cyrino e colaboradores em 2009 realizaram um estudo com o objetivo comparar os níveis de adiposidade subcutânea dos hemicorpos direito e es­querdo e, posteriormente, analisar o impacto dessas informações para o estudo da composição corporal. Se­tenta e seis indivíduos fisicamente ativos, 47 homens e 29 mulheres, fizeram parte da amostra.

RESULTADOS: Nenhuma diferença estatisticamente significante foi encontrada na comparação entre os lados, em ambos os sexos, nas sete dobras cutâneas analisadas (abdominal, suprailíaca, subescapular, tricipital, bicipital, axilar média e perna medial), os autores destacaram que fatores como o erro técnico de medida do avaliador, o tipo de compasso e a escolha da equação preditiva a ser utilizada, provavelmente tenham maior impacto para a estimativa da composição corporal pelo método de espessura de dobras cutâneas do que o lado a ser adotado como referência para a obtenção das medidas.

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Distrofia de Duchenne


O que é e quais as caracteristicas principais da Distrofia de Duchenne? Paula Ferreira, Blumenau - SCEsta doença é incapacitante e fatal, constituindo um desafio para os profissionais envolvidos no processo de reabilitação.
A DMD é a segunda doença geneticamente hereditária mais comum em humanos1, é transmitida pela mãe em 65% dos casos, e afeta apenas indivíduos do sexo masculino. O defeito está localizado no cromossomo Xp21, resultando em uma falta do gene que produz a distrofina, cuja função é manter a integridade da fibra muscular2.
A principal característica da DMD é a progressiva fraqueza muscular global, que leva os pacientes a perderem a capacidade de marcha entre os 8 e 12 anos de idade. Após a perda da marcha surgem deformidades em coluna e membros inferiores, o que interfere na independência funcional e auto-estima. Ao contrário dos adolescentes normais, os pacientes com DMD tornam-se mais dependentes dos familiares nesta fase da vida. Cerca de 30 a 50% destes pacientes apresentam algum grau de déficit cognitivo3, determinado por provável deleção na porção distal do gene da distrofina. A deficiência da distrofina no tecido cerebral levaria ao déficit cognitivo4. Apesar da recente elucidação da base genética da DMD, a doença permanece incurável, com o óbito ocorrendo no final da adolescência5. É crescente o número de pacientes com DMD nos centros de reabilitação, em busca de recursos para minimizar os aspectos incapacitantes da doença. Para isto, é necessário avaliar individualmente as necessidades e expectativas dos pacientes e de seus familiares. Isto, freqüentemente, é feito de forma empírica e origina uma assistência inadequada, com repercussões negativas para os próprios profissionais de saúde. A avaliação de QV6,7 e a promoção de sua melhora fazem parte dos objetivos de saúde da criança e do adolescente com DMD8.
Qualidade de vida de crianças e adolescentes com distrofia muscular de Duchenne


Egmar Longo Araújo de MeloI; Maria Teresa Moreno ValdésII; Juliana Maria de Sousa PintoIII
IMestranda em Educação em Saúde - UNIFOR
*IIDoutora em Ciências Psicológicas UCLV - Cuba. Professora do Curso de pós-graduação em Educação em Saúde UNIFORIIIMestranda em Educação em Saúde - UNIFOR**

quarta-feira, 11 de novembro de 2009



CLIQUE अकुई
http://www.atomediconao.com.br/

para enviar um email aos senadores de seu Estado solicitando que rejeitem o Projeto de Lei do Ato Médico (PL nº 7.703/2006).
Basta escolher o seu estado, preencher os campos com seu nome e e-mail e clicar em “enviar”. O texto abaixo será enviado para todos os Senadores de seu estado.

terça-feira, 10 de novembro de 2009

musculação


Meu nome Franciele,tenho 23 anos e sou de Londrina no Paraná।

Tenho duvidas ficarei grata se puder me ajudar!!

Começei a fzer musculação já vai fazer quase oito meses,entrei com o objetivo de ganhar massar muscular,pois era bem magrinha,pesava 46kls..não era falta de comer não,pq me alimento bem...Atualmente estou com 52kls..mas esses kilos tds não ganhei só na academia,,antes de iniciar musculação eu tomei o APEVITIN que é um estimulante de apetite engordei 5kls mas foi td pra barriga..rsrsPeguei firme na musculação,,,hj vejo uma diferença principalmente gluteos e pernas,tds ue me conheçe notou a diferença.Só que eu não consigo ter mais ganhos ..parei nisso,então meu instrutor mudou meu treino ele passou uma serie de resistencia de força e dar novos estimulos para o musculo para ele crescer novamente.Por dois meses ia na academia tds os dias minha serie era ABC...mas agora estou indo tres vezes na semana pois estava me sentindo muito cansada


Franciele você está no caminho certo assim como seu instrutor. Existe um dizer no treinamento físico que é o seguinte: quanto mais treinado menos treinável, ou seja, se torna mais difícil conseguirmos resultados com o passar do tempo, e neste caso é preciso novas estratégias como esta que seu instrutor está realizando.
Aconselho que após este período você treine 4 vezes por semana, cuide com excesso de atividades e lembre que a cada 3 horas é interessante se alimentar.

Sucesso.

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

UNICAMP comprova segurança de suplementos alimentares



Pesquisa mostra que produtos vendidos legalmente não contem anabolizantes na formulaçãoSão Paulo, 14 de maio de 2009Preocupada com a saúde de milhares de consumidores de suplementos alimentares, a Abenutri – Associação Brasileira de Empresas de Produtos Nutricionais – encomendou uma pesquisa da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), que analisou 31 amostras de suplementos de fabricantes do Brasil e Estados Unidos, com registro Ministério da Saúde e comercializados legalmente no país. O estudo, liderado pelo professor Marcos N. Eberlin, comprovou que 100% dos produtos analisados está livre da presença de esteróides anabólicos (anabolizantes) e outros tipos de doping nos produtos।Foram analisados os produtos fabricados pelos brasileiros Rainha Lab Nutraceutico, Integralmedica e ADS Lab Nutricional। Entre os americanos estão a Optimun Nutrition, Universal Nutrition, Labrada, Cytosport, Next Protein, Nature´s Best, Arnold Nutrition e EAS. “Nenhuma das amostras observadas apresentou íons referentes à testosterona ou esteróides anabolizantes”, afirma Eberlin. Os pesquisadores utilizaram metodologias clássicas universais para extrair e separar as substâncias das formulações. Em seguida, caracterizaram cada uma delas pelo método de Espectrometria de Massas, que identifica os diferentes átomos que compõem uma substância. “É como revelar o DNA do componente, chegando na estrutura da molécula. Com isso, obtivemos a certeza de que as formulações não continham anabolizantes“, explica o pesquisador.A Abenutri comemorou o resultado, pois esse é um passo importante para o esclarecimento da opinião pública. “A pesquisa é de extrema importância, para reafirmar a segurança dos produtos legalizados. Ainda há muitos produtos sem procedência e registro no mercado negro da suplementação alimentar, frutos da falsificação e do contrabando. Nossa luta para que essa nuvem escura sobre o segmento desapareça só está começando”, comenta Euclésio Bragança, médico nutrólogo e presidente da ABENUTRI.As amostras foram compradas em estabelecimentos comerciais autorizados na cidade de São Paulo, especializados no segmento de suplementação alimentar. “Com a pesquisa em mãos, o próximo passo é colaborar com as autoridades e encaminhar esse resultado à Anvisa para que o cerco à falsificação e ao contrabando seja apertado”, afirma Bragança.No final do ano passado, a UNICAMP também divulgou uma pesquisa sobre os efeitos colaterais de anabolizantes, a qual constatou que o seu consumo associado ao treinamento físico intenso, resulta em deficiência do bombeamento cardíaco, aumento de colesterol LDL (colesterol ruim) e alterações de comportamento. O estudo contou com a colaboração de pesquisadores da Pontifícia Universidade Católica de Campinas, da Universidade Federal de São Carlos e da área de Histologia da FOP.

Produtos avaliados seguindo o nome do produto, sua apresentação (pó, capsulas, comprimido ou liquido), empresa fabricante e o país de origem:

3W Whey Protein 2,25kg – morangoPó - Rainha Lab Nutraceutico Ltda - Brasil BCAA 1000 200 capsCápsulas - Optimun Nutrition - EUA BCAA 2400 100 capsCápsulas - Rainha Lab Nutraceutico Ltda - Brasil BCAA Top 120 capsCápsulas - Integral médica - Brasil Natubolic super V.O.A 153 tabsComprimidos - Integral médica - Brasil Therma Pro 480 ml guaraná+açaiLíquido - Integral médica - Brasil ZMA 120Cápsulas - Rainha Lab Nutraceutico Ltda - Brasil ZMAg test 120 tabletesComprimidos - Integral médica - Brasil Maltodextrina (100% malt. 1 kg nat Ath)Pó - ADS Lab Nutricional - Brasil Whey tech (4 whey tech mora e ban 907g ADS)Pó - ADS Lab Nutricional - Brasil Ripped extreme 160 cpsCápsulas - ADS Lab Nutricional - Brasil Nitroxx 100 capsulas ADS labsCápsulas - ADS Lab Nutricional - Brasil Ultra whey pro THF 908g moPó - Universal nutrition - EUA Ripped fast (R. fast 120 cps) universalCápsulas - Universal nutrition - EUA GH mar 180 tabletes universalComprimidos - Universal nutrition - EUA Super charge – purch 700gPó - Labrada - EUA Leanbody original 20 packs moPó - Labrada - EUA Muscle milk 1120g cytasport musclePó - Cytosport - EUA Designer protein whey 908gPó - Next Protein Int - EUA BCAA perfect 200 capsulas naturesCápsulas - Nature’s Best - EUA NO-3 BeefComprimidos - Arnold Nutrition - EUA Lipo Cut XCásulas com líquido - Arnold Nutrition - EUA IGF BioactiveComprimidos - Rainha Lab Nutraceutico Ltda - Brasil Cromo Quelato GTFCápsulas - Rainha Lab Nutraceutico Ltda - Brasil ZMACápsulas - Rainha Lab Nutraceutico Ltda - Brasil FatlossComprimidos - Arnold Nutrition - EUA Beef OXComprimidos - Rainha Lab Nutraceutico Ltda - Brasil BCAA2500Cápsulas - Arnold Nutrition - EUA Thermo FireComprimidos - Arnold Nutrition - EUA Myoplex DeluxePó - EAS - EUA L-glutaminePó - EAS - EUASobre a ABENUTRI






A ABENUTRI – Associação Brasileira de Empresas de Produtos Nutricionais – congrega as maiores empresas brasileiras voltadas para o segmento da suplementação nutricional. Dentre os objetivos e conforme estatuto da associação, as prioridades são o combate ao uso de esteróides anabolizantes, apoio aos associados na regularização dos seus produtos junto às autoridades competentes e orientar a população no correto consumo de suplementação nutricional.

por Professor Marcos N. Eberlin

segunda-feira, 31 de agosto de 2009

EQUIPE MULTIDISCIPLINAR



EQUIPE MULTIDISCIPLINAR - COLABORADORES









Nutricionista: Andressa Kafer Pinheiro
(consultas a domicilio e academias)

Dietas Personalizadas: Hipertrofia, Emagrecimento, Saúde e Qualidade de Vida.

Contato: andressakafer@hotmail.com Fone: 47-9957-1759.

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

A IMPORTÂNCIA DO INTERVALO RECUPERATIVO NA MUSCULAÇÃO



Está muito bem estabelecido na literatura científica que os exercícios resistidos com pesos (Musculação) são eficientes para aumentar força, hipertrofia, potência, resistência muscular localizada e melhora da qualidade de vida e saúde, seja para indivíduos considerados sadios ou com alguma patologia,porém dependendo dos objetivos e das diferenças individuais,os padrões de prescrição podem variar (ACSM, 2002). Para que os objetivos possam ser maximizados uma série de variáveis devem ser controladas, dentre as quais podemos destacar:ordem dos exercícios, frequência semanal, velocidade de execução, número de repetições e séries, intensidade das cargas, estado de treinamento do praticante e intervalo entre as séries e sessões (SiMãO et al.,2005;FLECK,KRAEMER,2004). Segundo o American College of Sports Medicine, 2002 e Kraemer e Ratamess 2004 a pausa, intervalo recuperativo, representa uma variável importante na elaboração do programa de treinamento, podendo exercer influência direta nas adaptações fisiológicas e no desempenho do indivíduo. Estudos demonstraram que diferentes pausas, descanso entre séries no treinamento podem alterar significativamente respostas hormonais Kraemer e colaboradores 1990 e Kraemer e colaboradores 1993 , cardiovasculares Fleck 1988 e metabólicas Häkkinen 1993 e Abdessemed e colaboradores 1999 . Deste modo Simão e colaboradores, 2006 destacam que diferentes tempos de intervalo entre as séries e os exercícios são utilizados de acordo com os objetivos a serem alcançados.
O American College of Sports Medicine, 2002 sugere pausas entre um (1) e dois (2) minutos para o objetivo de hipertrofia muscular com indivíduos novatos/intermediários, e para indivíduos avançados são sugeridas pausas entre dois (2) e três (3) minutos. Güllich e colaboradores,1999 relatam intervalos entre dois (2) a três (3) minutos sem distinção quanto ao nível de treinamento para programas visando à hipertrofia muscular. Normalmente, fisiculturistas utilizam intervalos curtos entre as séries, causando um elevado estresse muscular e desta forma intensificando o processo de aumento de volume muscular (KRAEMER et al.,1987) devido principalmente a uma maior liberação dos hormônios anabólicos. Em contrapartida, os levantadores de peso utilizam altas cargas de treinamento, mas com períodos de descanso elevados quando comparados aos fisiculturistas. Esse longo intervalo seria necessário para promover restabelecimento das funções orgânicas (PiNCiNVEiRO et al.,1997), entre as quais podemos destacar a recuperação do sistema neural e energético. Normalmente,o período de intervalo compreende de 30-60 segundos para fisiculturistas e de 2-5 minutos para levantadores de peso (KRAEMER et al.,1987). Sendo assim, no treinamento para o desenvolvimento de força e potência, intervalos mais longos parecem ser necessários. Alguns experimentos demonstraram que intervalos de recuperação mais longos (três minutos ou mais)resultam em aumentos significativos da força e potência quando comparados a intervalos curtos,o que foi associado à realização de maiores volumes e manutenção da intensidade de treinamento (HILL-HAS et al.,2007; PINCIVeRO et al.,2004a; PINCIVeRO et al.,1999; PINCIVeRO et al.,1998;PINCIVeRO et al.,1997; ROBINSON et al.,1995). Por outro lado, estressando-se o sistema energético anaeróbio (glicolítico e ATP-PC), com intervalos reduzidos podemos direcionar o treinamento para a hipertrofia muscular (FLeCK & KRAMeR,2004). Experimentos indicam que períodos curtos de intervalo (um minuto ou menos)elevam significativamente a secreção de hormônios anabólicos quando comparados a períodos de intervalo mais longos, de forma que intervalos curtos de 30 a 60 segundos parecem ser superiores no Treinamento de Força para hipertrofia muscular, que intervalos longos de três minutos ou mais (GOTO et al.,2004;MCCALL et al.,1999; KRA M eR et al.,1990; KRA MeR et al.,1987).CONCLUSÃO: Devemos ressaltar que a grande maioria da população que procura as salas de musculação, mesmo com o objetivo de AVM (Aumento de Volume Muscular) não se enquadram como fisiculturista, portanto o intervalo recuperativo deve ser manipulado não só ao encontro dos objetivos, mas também respeitando o nível de treinabilidade e perfil psicológico de cada cliente. Acreditamos que a pausa entre séries deva ser reduzida gradativamente conforme o cliente/aluno apresente resposta adaptativa positiva aos vários estágios de treinamento, se aproximando deste modo das recomendações de KRAEMER et al.,1987 quando o objetivo for HIPERTROFIA MUSCULAR.

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Aminoácidos


Parecer de 2009 da Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do Esporte

Aminoácidos
O consumo de aminoácidos, sob a forma de suplementação, tem sido sugerido como estratégia que visa atender a uma solicitação metabólica específica para as necessidades do exercício. A ingestão de aminoácidos essenciais após o treino intenso, adicionados a soluções de carboidratos, determinaria maior recuperação do esforço seguido de aumento da massa muscular. Do consumo de aminoácidos isolados, apenas os essenciais apresentam alguma sustentação na literatura científica.

Os efeitos da suplementação com BCAA no desempenho esportivo são discordantes e a maioria dos estudos realizados parece não mostrar benefícios, não sendo justificável seu consumo com finalidade ergogênica. Outro ponto que carece de confirmação científica é seu uso com objetivo de melhora do sistema imunológico após atividade física prolongada.

Considerações especiais Os aminoácidos de cadeia ramificada (leucina, isoleucina e valina), por serem potentes moduladores da captação de triptofano pelo sistema nervoso central, aumentariam a tolerância ao esforço físico prolongado. Entretanto, esses dados, relatados em alguns estudos, são pouco reprodutivos, não sendo justificável seu consumo com finalidade ergogênica. Outro ponto que carece de comprovação é seu consumo visando aprimoramento da atividade do sistema imunológico após atividade física intensa. Desse modo, recomenda-se que não seja utilizada a suplementação de aminoácidos de cadeia ramificada com finalidade ergogênica.

A glutamina, aminoácido que age como nutriente para as células de divisão rápida, como as intestinais e imunitárias, por exemplo, tem sido utilizada para aumentar a defesa imunológica de atletas, durante períodos de treinamento intenso. Quando a ingestão é oral, o elevado consumo pelas células intestinais inviabiliza sua disponibilidade para outras regiões do organismo, tornando inviável a justificativa de sua suplementação oral, mesmo para os participantes de exercícios físicos muito desgastantes.
Atualmente, não existe evidência científica suficiente demonstrando que a glutamina altere a função imune e previne lesões em atletas saudáveis que consomem níveis adequados de proteínas, o que torna sua suplementação necessária apenas em casos em que a avaliação individual assim indicar.

A ornitina e a arginina são aminoácidos que produzem maior secreção de hormônio de crescimento quando oferecidos através de infusão intravenosa, sendo, entretanto, seu consumo por via oral ineficaz. Não é recomendada a suplementação destes aminoácidos.

sábado, 22 de agosto de 2009

Proteínas



Parecer de 2009 da Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do Esporte
ProteínasA ingestão proteica deve ser obtida por uma dieta normal e variada, sendo a suplementação uma forma prática e segura de adequar sua ingestão de boa qualidade e a biodisponibilidade de aminoácidos, para as demandas aumentadas de um atleta em treinamento e competição.
O horário e seu tipo é parte de um programa de treinamento e tem por objetivo principal melhorar a recuperação muscular.
Para se estabelecer o valor adequado para ingestão de proteína, é necessário, antes de tudo, determinar, além das características individuais (sexo, idade, perfil antropométrico, estado de saúde, etc.), parâmetros básicos a respeito da atividade física praticada, tais como intensidade, duração e frequência.
Para indivíduos sedentários, recomenda-se a ingestão de 0,8g de proteína por kg/dia. Já indivíduos ativos, com a ingestão de 1,2 a 1,4g/kg/dia, teriam sua demanda atendida.
Para esportes em que o predomínio é a resistência, as proteínas têm um papel auxiliar no fornecimento de energia para a atividade, calculando-se ser de 1,2 a 1,6g/Kg de peso a necessidade de seu consumo diário.
Visando à hipertrofia muscular, atletas ou não teriam suas necessidades atendidas com o consumo máximo de 1,8g/kg/dia contempladas perfeitamente em uma alimentação equilibrada, salvo situações especiais.
Estudos recomendam que o uso dos suplementos proteicos, como a proteína do soro do leite ou a albumina da clara do ovo, deve estar de acordo com a ingestão proteica total. O consumo adicional desses suplementos proteicos acima das necessidades diárias (1,8g/kg/dia) não determina ganho de massa muscular adicional, nem promove aumento do desempenho.
Ingestão proteica, após o exercício físico de hipertrofia, favorece o aumento de massa muscular, quando combinado com a ingestão de carboidratos, reduzindo a degradação proteica. A dose recomendada é de 10g de proteínas e 20g de carboidratos. Esse consumo deve estar de acordo com a ingestão proteica e calórica total. O aumento da massa muscular ocorre como consequência do treinamento, assim como a demanda proteica, não sendo o inverso verdadeiro
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Creatina II



Parecer de 2009 da Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do EsporteA creatina tem sido apontada como o suplemento nutricional de maior eficiência na melhora do desempenho em exercícios de alta intensidade e no aumento de massa muscular. Já seu uso como recurso ergogênico em atividades físicas prolongadas não encontra nenhum suporte na literatura científica. A melhora, ou não, do desempenho em exercícios com predominância aeróbia é pouco documentada.
Embora com resultados ainda controversos, muitos estudos têm sugerido que a creatina teria efeito ergogênico em indivíduos nos quais se constata diminuição de aporte da creatina exógena alimentar, como os vegetarianos e os indivíduos idosos, sendo somente para estes casos específicos, após boa análise do profissional especializado, médico e/ou nutricionista, justificável seu uso, embora, ainda, com fraco grau de recomendação.
Somente para atletas competitivos de eventos de grande intensidade e curta duração, ou sejam, atividades nas quais predomina a utilização de fosfagênios, sempre em caráter excepcional, seu uso é permitido. Portanto, mesmo nesses casos, a recomendação é a de que em geral não se deve usar a suplementação de creatina, sendo seu uso aceito em raras ocasiões. Para os demais desportistas fica estabelecida a recomendação de nunca usar.
Desse modo, recomenda-se que a utilização da creatina como suplemento, com finalidade ergogênica, seja analisada individualmente, caso a caso, de acordo com as necessidades analisadas.

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

SUPLEMENTAÇÃO DE CREATINA NO TREINAMENTO DE MUSCULAÇÃO


SUPLEMENTAÇÃO DE CREATINA NO TREINAMENTO DE MUSCULAÇÃO E
INFLUÊNCIA NO AUMENTO DE MASSA MUSCULAR.
Graham AS e Hatton RC (1999) numa revisão dos artigos sobre a suplementação de creatina forneceram uma visão geral dos dados sobre a eficácia assim como a segurança da suplementação. Segundo os autores, o uso de creatina tem sido cada vez mais comum entre atletas profissionais, se espalhando entre atletas colegiais e amadores e até mesmo sendo utilizada por crianças. Descrevem também, que apesar de muitas provas clínicas, faltam pesquisas e que devido ao marketing comercial o produto não encontra o mesmo controle de qualidade dos padrões farmacêuticos, preocupados com impurezas ou dosagens inadequadas indicadas nos rótulos.
O aumento de creatina no músculo pode permitir um grande armazenamento de fosfocreatina para desenvolver e fornecer energia. Apesar de muitas provas clínicas faltam pesquisas. Investigações laboratoriais envolvendo vários protocolos de força e resistência tiveram rendimentos aproximados, manifestando um efeito positivo ou nenhum efeito, sendo que, o desempenho é mais freqüentemente aumentado nas atividades de curta duração e alta intensidade não sendo vantajosa em esportes de resistência. Em relação aos aumentos de massa corporal as mesmas conclusões podem ser relatadas. Alguns estudos encontraram resultados positivos no aumento de massa corporal durante suplementação de curta ou longa duração (Ziegenfuss et al.; 1998a e Volek et al., 1997a citados por Williams et al., 2000; Volek et al., 1997; Mihic et al., 2000; Rawson et al., 2000; Volek et al., 1999), porém vários cientistas não conseguiram comprovar a eficácia da suplementação de creatina (Wood et al., 1998; Thompson et al., 1996; Larson et al., 1998, citados por Williams et al., 2000; Bermon et al., 1998; Stevenson e Dudley, 2001) necessitando que mais estudos sejam realizados visando um melhor entendimento dos processos metabólicos relacionados ao aumento da massa corporal durante a suplementação da creatina, analisando se o aumento na composição de massa corporal decorre do efeito anabólico da creatina na síntese do tecido muscular, da retenção de água intracelular dos depósitos aumentados de creatina ou devido a outros fatores.

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

SUPLEMENTO E MASSA MUSCULAR



nome: André sexo: Masc estado: Rio cidade: RioNunca tomei nada referente a suplementos ou afins, malho há uns 3 meses e ainda não ganhei massa, só emagreci um pouco। Tenho 65kg e 1,75m e estou um pouco insatisfeito, pois tenho malhado todos os dias pela manhã. Gostaria que me indicasse algum suplemento para eu conseguir um pouco mais de massa e definição. Tenho interesse no Whey Protein.

RESPOSTA: André o aumento de volume muscular de uma forma geral só acontece com Balanço Calórico Positivo, ou seja, você tem que ingerir mais calorias que total gasto ao longo das 24 horas do dia. Procure se alimentar a cada 3 horas, totalizando em média 6 refeições dia e reduzindo ao máximo outras atividades físicas.
Durante os exercícios não temos nenhum ganho, este acontece após o treinamento com alimentação e descanso. Converse com seu professor sobre seus resultados e siga corretamente o treino que este profissional prescreveu. Tenho observado com muita freqüência que no anseio de resultados imediatos, muitas pessoas não seguem o programa de treinamento confeccionado pelo Educador Físico, e optam por copiar treinos de colegas ou de sites que não levam em consideração vários fatores.
Em relação à prescrição de SUPLEMENTO ALIMENTAR esta só deve ser feita por um nutricionista com formação na área esportiva, seria antiético se eu realizasse este procedimento.

Ganhar peitoral em menos tempo.



nome: André sexo: Masc estado: Rio cidade: Rio Gostaria de saber quais exercícios são bons para ganhar peitoral em menos tempo।

RESPOSTA: Olá André, todos os exercícios constituem uma boa opção, entre os quais podemos destacar: supinos reto/inclinado/declinado com barras ou halteres, crucifixos com halteres ou aparelho, voador, crossover e pulover. Porém muito mais importante que o exercício é a combinação das variáveis de treinamento, número de séries e repetições, intervalo de descanso entre séries e repetições, intervalo entre os treinamentos para os mesmos grupamentos musculares, velocidade de execução dos movimentos, amplitude articular, combinação dos grupamentos musculares na mesma sessão de treinamento e na sessão posterior.
Outros fatores também são de extrema importância como: alimentação ao longo do dia, alimentação que antecede os treinos e alimentação após o treino e descanso.
Converse com seu professor, tenha paciência e muita perseverança.

Abraço Professor Júnior.

quinta-feira, 30 de julho de 2009

A HISTÓRIA DA MUSCULAÇÃO – SEGUNDA PARTE



O Culturismo e o Halterofilismo
A história mostra que a partir do final do século XIX o chamado “culturismo”, juntamente com o “halterofilismo”, tinha suas atenções voltadas para as companhias circenses e teatros, onde eram apresentados “os homens mais fortes do mundo”. Nomes expressivos daquela época tais como: Louis Áttila, Eugen Sandow e Charles Samson participavam de exibições e confrontos, disputando este título. Áttila em 1887 na Europa, durante o jubileu da Rainha Vitória, recebeu do Príncipe de Gales uma pequena estátua com a figura de Hércules cravejada com 36 diamantes, o que o tornou famoso. Como conseqüência disto, pessoas de todo o mundo viram no desenvolvimento dos seus músculos uma forma de enriquecer. Ginásios foram abertos por toda a Europa, que na época era o berço dos homens fortes.

Áttila fundou o seu ginásio em Bruxelas onde recebia alunos da Universidade de Leyden, gerando grandes nomes como Frederick Muller. Este num confronto com Charles Samson, venceu-o e tempo depois foi vencido por Sandow, denominado na época como “Aristocrata dos Culturistas”.
Eugen Sandow nascido na Alemanha em 1867 se converteu em um ídolo do esporte e por 30 anos foi considerado o melhor físico do mundo. Aos 16 anos já aparentava um físico bem desenvolvido, que mostrava que tinha um potencial genético favorável. Trabalhou em circo com a intenção de correr o mundo, e com isso adquiriu ali a base para um grande desenvolvimento muscular. Porém o circo em que trabalhava foi à falência em Bruxelas e ele se viu sem emprego. Conheceu ali o professor Áttila que viu em Sandow um grande potencial de atleta. Áttila o tomou como pupilo e o ensinou a treinar com pesos e a posar. Passaram então a fazer exibições em várias cidades com demonstrações de força.

Em 1889 separaram-se e Sandow foi rodar a Europa, sem destino certo terminando em Veneza. Em Veneza um artista americano chamado Aubrey Hunt surpreendeu Sandow banhando-se em um lago, e resolveu pintá-lo em um lenço. Esta peça hoje encontra-se na coleção particular de Joe Weider.
Sandow então passou a ser desafiado para provas de força. Retornando à Londres resolveu encarar um desafio que era lançado por dois homens fortes da época e que pagavam 500 libras esterlinas para quem conseguisse superá-los. Até Sandow aparecer ninguém tinha conseguido, ele então facilmente venceu o desafio e a partir daí começaram exibições por toda Inglaterra.
Por quatro anos Sandow percorreu a Inglaterra com exibições de força e poses. Até que em 1893 um empresário americano o convenceu que fosse para os EUA. Nos EUA ele não se deu muito bem. Mas em uma exibição na Alemanha, conheceu o mais célebre empresário de espetáculos de todos os tempos, Ziegfeld que percebeu que Sandow era uma figura muito admirada pelas mulheres.
Ele o levou para a Exposição Mundial Comemorativa do Descobrimento da América, em Chicago. Alugou um teatro e preparou uma aparição diferente do habitual que eram apresentações de homens musculosos com peles de leopardo. Quando todos menos esperavam entra Eugene Sandow com uma simples sunga. As mulheres foram à loucura. O êxito foi fantástico e com isso rodaram Canadá e EUA.
Em São Francisco Sandow lutou e venceu um leão (previamente drogado e desdentado). Fazia shows particulares para mulheres, shows de levantamento de pesos que até hoje não foram superados, porém depois de alguns anos fazendo isso sem descanso entrou em colapso nervoso. Regressou a Inglaterra onde se casou com uma garota muito bela chamada Blanche Brrokes. Recuperou-se física e mentalmente, e a partir daí se dedicou a abrir ginásios de cultura física e reformular os hábitos alimentares das pessoas. Abriu com êxito escolas de cultura física por toda Inglaterra.


Iniciou uma revista em 1898 - "Sandow Magazine", publicou vários livros inclusive uma obra que deu nome ao esporte internacionalmente: "Bodybuilding, or Man in the Making". Inventou aparelhos e criou cursos de ginástica por correspondência que foram verdadeiros marcos na cultura física. Foi um dos primeiros defensores do ensino da educação física em colégios e escolas, desenvolveu exercícios para reduzir as dores do parto, pediu a empresários que deixassem que os assalariados fizessem um pouco de ginástica por dia, o que talvez sugira que ele seja também o criador da ginástica laboral.
Foi talvez o primeiro personal trainer da história, pois era professor particular dos reis Eduardo VII e George V, da Inglaterra. Foi um benfeitor da humanidade no que tange o aspecto do treinamento com pesos, da cultura física, do exercício, da educação física. Não era santo, sentia uma fraqueza por mulheres que também o assediavam. Isso causou muitos problemas ao seu casamento.
Morreu em 1925 tentando tirar o seu carro que caiu em um buraco após ter derrapado na estrada. Com o esforço teve uma hemorragia cerebral, provavelmente não só do esforço, mas também da queda e batida do carro. Foi enterrado como indigente, devido a problemas com a mulher, no cemitério londrino de Putney Vale.
O homem que foi intitulado pelo rei George I da Inglaterra como: "Professor da Ciência da Cultura Física de sua Majestade", hoje está imortalizado pela homenagem de Joe Weider que escolheu sua imagem (segurando uma barra com pesos de bola) para o troféu de premiação para o maior evento do mundo de musculação que é o Mr. Olympia. Neste sentido, Eugene Sandow (1867-1925) deve ser respeitado e perpetuado como um dos grandes homens de todos os tempos na Musculação.

O Culturismo propriamente dito surgiu do halterofilismo competitivo na década de 1940 através do halterofilista canadense Josef (Joe) Weider, cuja iniciação no culturismo aconteceu em 1939, quando ele por acaso teve acesso a uma revista de halterofilismo. Joe decidiu então construir e modelar seu corpo com o propósito de afugentar e se proteger dos tipos brigões que assolavam a vizinhança onde morava em Montreal.
Weider foi a um ferro-velho onde forjou duas barras com anilhas a partir de rodas e eixos de automóveis e começou a treinar em casa. Quando começou a notar o aparecimento dos resultados de seu treinamento, convenceu-se de que, como ele, outras pessoas gostariam também de se beneficiar do treinamento com pesos.
Com os 7 dólares que tinha, Joe iniciou a publicação de um informativo chamado “Your Physique”. Um ano depois, definiu seu esporte como algo diferente do halterofilismo de competição, o que implicava num tipo de treinamento que utilizava especificamente movimentos compostos, cujo único propósito era desenvolver tamanho muscular em uma proporção equilibrada, dentro de padrões que seguiam determinadas regras.
Seus métodos eram empíricos, já que observava, estudava e mesclava técnicas de halterofilistas uma vez que a ciência do treinamento desportivo e a fisiologia do exercício ainda estavam em seu início. Logo descobriu que o êxito para este novo esporte se baseava antes de tudo em velocidade, técnica e sobretudo, potência, porque ajuda o desenvolvimento físico.
Preocupado também com a alimentação dos atletas, Joe pesquisou fontes de nutrição que acreditava ser alimentação saudável, como por exemplo, uma taça de aveia com fruta cortada em pedaços, acompanhada de suplementos.
O treinamento com pesos e a dieta adequada seriam a medicina preventiva do século XXI. Atualmente, os treinamentos com pesos (ou treinamento resistido com pesos) são requisitos prévios para melhorar o rendimento em todos os esportes e para uma melhor qualidade de vida/saúde.

A HISTÓRIA DA MUSCULAÇÃO – PRIMEIRA PARTE



A HISTÓRIA DA MUSCULAÇÃO – PRIMEIRA PARTE


Os Primeiro Relatos

Não podemos precisar quando a musculação teve início. Porém em escavações na cidade de Olímpia foram encontradas pedras com entalhes para as mãos, permitindo aos historiadores intuir a utilização destas em treinamentos com pesos.
Foram encontradas esculturas datadas de 400 anos antes de Cristo, que relatam formas harmoniosas de mulheres, mostrando preocupação estética já nesta época. Também existem relatos de jogos de arremessos de pedras que datam de 1896 a.C. Estes dados mostram que a musculação é mais antiga do que muitos possam pensar.
Se analisarmos a musculação como uma atividade física e não exercício físico, e segundo a definição de GODOY 1994, que estabelece que a musculação seja uma atividade física desenvolvida predominantemente através de exercícios analíticos, utilizando resistências progressivas fornecidas por recursos materiais tais como: halteres, barras, anilhas, aglomerados, módulos, extensores, peças lastradas, o próprio corpo e/ou segmentos, etc. com certeza esta forma de atividade é tão antiga quanto o ato de caminhar.
Vejamos: nos primórdios da humanidade, quando o homem mais “rudimentar” saia para caçar, carregava pedras entre outros feitos, este ser já estava exercendo uma atividade contra uma determinada resistência, portanto musculação.


O Precursor da Musculação

A história de Milón de Crotona discípulo do matemático Pitágoras (500 a 580 a.C.), seis vezes vencedor dos Jogos Olímpicos, ilustra um dos métodos de treinamento mais antigos da humanidade, cujo princípio fundamental é utilizado até hoje, isto é, a evolução progressiva da carga.
Segundo a história Milón treinava com um bezerro nas costas a fim de aumentar a força dos membros inferiores, e quanto mais pesado o bezerro ficava, mais sua força aumentava, ou seja, o princípio da progressão de cargas. Os relatos mostram que Milón foi um dos primeiros a se preocupar com a suplementação alimentar, já que a história relata que ele comia por dia 9 kg de carne, 9 kg de pão e 10 litros de vinho - gerando um total de 57 mil kcal. Ele também era capaz de matar um boi com as mãos e comê-lo sozinho. O nome da cidade de Milão é em sua homenagem. Diz à lenda que Milón morreu devorado por lobos, pois ficou preso ao dar um golpe em uma árvore.
Os primeiros Jogos Olímpicos da era moderna, em Atenas (1896) envolveram 14 países, 241 atletas, tiveram uma duração de 10 dias e foram assistidos por 280 mil pessoas. Eles foram marcados por uma precária organização, infra-estrutura, qualidade técnica, respeito às regras e, não admissão de mulheres nas provas, contudo, os levantamentos de pesos já faziam parte das 43 provas entre os nove (9) esportes olímpicos da época.
No levantamento de pesos com as duas mãos o campeão foi o dinamarquês Viggo Jensen e na exótica prova do levantamento de peso categoria “um braço” o campeão foi o britânico Launceston Elliott que passou a posar seminu, exibindo seu físico para revistas de fotografias. Fato que gerou um escândalo e que levou a não realização da prova na Olimpíada seguinte em Paris (1900). O levantamento de peso retornou na Olimpíada Seguinte em Saint Louis (1904).

sexta-feira, 24 de julho de 2009

Comecei a fazer musculação a poucos dias e sinto dor no corpo inteiro.


Comecei a fazer musculação a poucos dias e sinto dor no corpo inteiro. Isso é normal em iniciantes? Eu tava a muito tempo sem fazer nenhum tipo de atividade física. André Maurinho, Estudante, Águas de São Pedro - SP


RESPOSTA:
André é importante que o Treinador/Educador Físico que irá prescrever o treinamento realize uma anamnese e avaliação física para obter alguns dados que são imprescindíveis para a elaboração do programa de treinamento, procurando deste modo minimizar as chances do surgimento da Dor Muscular Tardia. Dizer que este é um processo normal seria uma inverdade, esta dor pode ocorrer especialmente em indivíduos que nunca praticaram uma determinada atividade ou que estão muito tempo na inatividade. Exemplo: uma pessoa que está acostumada a realizar um determinado exercício (corrida) e começa a praticar outra atividade (musculação) como o padrão de movimento é diferente, são recrutados grupos musculares e/ou fibras musculares que não estão adaptadas a este novo exercício, este fato pode originar o desconforto muscular.

Esta dor é caracterizada pela sensação de desconforto e/ou dor na musculatura esquelética que ocorre algumas horas após a prática da atividade física. A dor não se manifesta até, aproximadamente, oito horas após o exercício, aumentando progressivamente de intensidade nas primeiras 24 horas e alcançando o máximo de intensidade entre 24 e 72 horas. Após esse período, há um declínio progressivo na dor, de modo que cinco a sete dias após a sessão de treinamento ela desaparece completamente. É interessante destacarmos que esta dor muscular praticamente desaparece após alguns minutos de atividade física; contudo, ela retorna quando a atividade cessa.

Apesar da grande quantidade de pesquisas científicas, ainda estão indefinidos quais os mecanismos responsáveis pelo surgimento da dor muscular tardia. As primeiras teorias propuseram dano físico causado pelo aumento da tensão no aparelho contrátil (estresse mecânico), acúmulo de produtos metabólicos tóxicos, devido ao elevado metabolismo (estresse metabólico), dano estrutural aos tecidos, causado pelo aumento da temperatura muscular e controle neuromuscular alterado, produzindo espasmos (que, por sua vez, causariam a dor) como os possíveis fatores envolvidos na etiologia da dor muscular tardia .

A intensidade da atividade física parece ser mais importante que sua duração; contudo, a dor muscular pode ocorrer em indivíduos que momentaneamente aumentam a magnitude e/ou a intensidade da atividade física . Está também bem estabelecido que a contração excêntrica (exemplo: rosca direta fase excêntrica é quando a barra desce) é o padrão de ação muscular que provoca maior dano à estrutura muscular esquelética, tanto em seres humanos, como em animais .

Ouvi dizer que ginástica localizada combate a celulite?


Ouvi dizer que ginástica localizada combate a celulite? Isso realmente tem algum fundamento científico? Abraços! Carla Freitas, Advogada - Açu RN


RESPOSTA:
Carla sim existe fundamento científico.
Segundo Nahas,1999 a Celulite ocorre mais frequentemente na região glútea e coxas, podendo atingir braços, abdômen, nuca e até os tornozelos. Estima-se que cerca de 80% das mulheres em idade cada vez mais precoce apresentem esta condição. Os homens também podem ser afetados porém em menor escala.

A celulite decorre do processo de aumento do tecido adiposo (gordura subcutânea), que pode ocorrer com alterações da microcirculação sanguínea e aumento do tecido fibroso, observando-se, então, as ondulações características.

Fatores hormonais, genéticos (predisposição familiar), alimentação excessiva e de má qualidade, além de um estilo de vida sedentário, favorecem o aparecimento da celulite.

Tratamento: ainda segundo Nahas, 1999 é necessário mudanças no estilo de vida, mas não há garantias que o problema desaparecerá por completo. O melhor caminho é alimentação saudável (rica em frutas e verduras, muita água e com poucos produtos industrializados) além disto uma vida com atividade são fundamentais para a atenuação deste processo.

Carla como a celulite está diretamente ligada com o aumento da quantidade de tecido adiposo a reeducação alimentar e a realização de exercícios físicos são fundamentais. A Ginastica Localizada é uma boa opção.

A natação é realmente o esporte mais completo?



A natação é realmente o esporte mais completo? É interessante a sua prática na terceira idade? Henrique Silva।

RESPOSTA:


Henrique qualquer modalidade esportiva quando bem orientada, que respeite a individualidade biológica e portanto que vá ao encontro das necessidades do praticante trará ótimos resultados. A natação pode ser praticada por qualquer faixa etária, já esta história de ser considerada o esporte mais completo é uma inverdade, não existe uma modalidade que seja a mais completa e sim modalidades que são mais indicadas para determinadas populações, doenças, lesões, faixas etárias e necessidades.

A terceira idade de uma forma geral desenvolve Sarcopenia (redução da massa muscular), Osteopenia (redução da massa óssea) e redução dos níveis de força. As pesquisas científicas são unânimes em afirmar que a melhor modalidade para combate/atenuar estes problemas é a atividade contra resistida e neste contesto a musculação é a melhor opção. O treinamento com peso além de ser mais efetivo para aumentar ou pelo menos atenuar a redução da massa muscular, massa óssea e combater a diminuição dos níveis de força, é uma atividade que é prescrita respeitando a individualidade de cada praticante, ou seja, cada pessoa recebe um programa de treinamento exclusivo, mesmo tendo várias pessoas na sala de musculação, cada cliente recebe uma planilha com número de séries, repetições, intervalo recuperativo, velocidade de execução, amplitude articular, combinação de grupos musculares, quantidade de exercícios que difere das outras pessoas.

terça-feira, 7 de julho de 2009

TREINAMENTO CONCORRENTE II


Anônimo Pergunta

Gostaria de saber como o treinamento aeróbio realizado depois do de força pode atrapalhar a hipertrofia em um individuo treinado ?Obrigado


RESPOSTA

Hipertrofia segundo SANTARÉM (1995), é o aumento no tamanho das fibras musculares devido ao acúmulo de substâncias contráteis, actina e miosina, e de substâncias não contráteis, principalmente glicogênio e água, no sarcoplasma das fibras musculares. Essa hipertrofia pode ser temporária ou crônica.

Entende-se por Treinamento Concorrente a associação dos exercícios aeróbios e exercícios resistidos no programa de treinamento. Existe, então, a dúvida se essa forma de treinamento pode ou não influenciar o aumento da força, hipertrofia muscular e endurance em relação ao treinamento de uma dessas variáveis treinada separadamente.

Alguns autores sugerem que o treinamento concorrente pode prejudicar o desenvolvimento da força, hipertrofia e potência muscular (Bell et al., 2000; Hennessy e Watson, 1994; Kraemer et al, 1995). Isso ocorre devido a diferentes adaptações neurais (Kraemer et al, 1995; Leveritt et al, 1999). Outros estudos sugerem que a incompatibilidade é devido a menor hipertrofia alcançada com o treinamento concorrente, pois o tempo de recuperação insuficiente levaria a uma depleção crônica das reservas de glicogênio, em longo prazo levando ao overtraining, que acarreta redução na performance e perda de volume muscular (Bell et al., 2000; Leveritt et al., 1999).

Outros estudos não encontraram interferência, positiva ou negativa, do treinamento concorrente sobre a força e a hipertrofia muscular, o mesmo não acontecendo com a potência, que parece sofrer interferência negativa do treinamento de endurance (Abernethy e Quigley, 1993; Gravele e Blessing, 2000; Mc Carthy et al., 2002).

Todos os artigos parecem concordar que o treinamento concorrente não prejudica o desenvolvimento de endurance, e pode até potencializar os resultados (Kraemer et al., 1995; McCarthy et al., 2002; Sale et al., 1990; Hennessy e Watson, 1994; McCarthy et al., 1995;
Pollock et al., 2000).

O que se espera com um treinamento voltado para Hipertrofia Muscular é provocar as Micro-Lesões Teciduais, para que após o treinamento com descanso e alimentação estas lesões possam ser regeneradas e consequentemente possa haver aumento no diâmetro da fibra muscular.

Alguns estudos defendem que este tipo de treinamento não deva ultrapassar 60 minutos pela interação entre os hormônios Testosterona e Cortisol
Caso seja realizado trabalho aeróbio, somado com um treinamento muscular intenso, a recuperação das fibras lesionadas pode não ser suficiente tanto pela falta de descanso como pela alimentação.

Sendo assim existe fortes evidências que o melhor caminho a ser seguido seria realizar o trabalho aeróbio em períodos ou dias distintos.

A diferença nos resultados parece estar relacionada com os protocolos utilizados isso inclui o volume, a duração, a freqüência, a intensidade do treinamento, a população e o nível de aptidão física inicial.

Pode-se então concluir que o excesso de treinamento, somado a falta de recuperação adequada parece ser a principal causa da transferência negativa do treinamento concorrente.

terça-feira, 30 de junho de 2009

OBESIDADE


Um dos principais motivos que levam as pessoas para as academias todos os anos e em especial quando o verão se aproxima é a preocupação com a estética corporal, e neste sentido não há dúvida que o sedentarismo e comilança são os fatores responsáveis por aqueles indesejáveis quilinhos adquiridos ao longo da vida.

O aumento de peso exagerado pelo acúmulo de gordura que leva a OBESIDADE é multifatorial, ou seja, são vários os fatores que desencadeiam este quadro como, por exemplo: problemas metabólicos, uso exagerado de alguns medicamentos (corticóides), sedentarismo, exagero alimentar e preguiça.

Como mudar este quadro? De uma forma primária a redução de peso acontece pelo BALANÇO CALÓRICO NEGATIVO, ou seja, é preciso gastar mais calorias que o total de calorias ingeridas pela alimentação.

O SEDENTARISMO, COMILANÇA e a PREGUIÇA são os principais fatores que levam a OBESIDADE, afinal de contas com o avanço das tecnologias as pessoas cada vez mais diminuem a atividade física. Vejamos: os aparelhos eletrônicos são um convite para a inércia, quem é que não chega em casa após um dia de trabalho e não se joga no sofá liga a TV o som, muda de canais ou estações com um simples movimento do dedo e com um prato de guloseimas e refrigerante ao lado? Não esqueçam que temos ainda os computadores, microondas e outros aparelhos “domésticos” que levam a uma grande queima, infelizmente de energia elétrica e não corporal, temos também os automóveis com seus opcionais ou em alguns casos com itens de fábrica já instalados: vidros elétricos, travas, CDs com controle remoto, direção hidráulica, câmbio automático, ou seja, aquilo que em outras épocas era preciso esforço/gasto calórico, hoje é um convite para o acumulo de calorias, e mesmo aquelas pessoas que dependem do serviço de transporte público não estão isentas desta “poupança calórica”, se no passado não muito distante as pessoas precisavam caminhar certa distância para utilizar este transporte, nos dias atuais ele passa muitas vezes na porta de casa.

Não somos contra tais confortos, muito pelo contrário, porém algumas mudanças comportamentais são necessárias, que tal um ou dois dias por semana esquecer que existe controle remoto, ao invés de levar o carro para ser lavado no posto você mesmo lavar seu veículo no final de semana, deixar o mesmo na garagem e ir até a padaria a pé, parar um ou dois andares antes todos os dias seja no serviço ou em casa “condomínio” e subir a pé, fazer uma pequena caminhada no horário do almoço, levar seu cão para passear, convidar sua esposa ou esposo para uma caminhada e também exercitar o diálogo além das pernas, jogar “bola”, e brincar de esconder com seus filhos e não esqueça que a ACADEMIA não funciona só no verão ou no final do inverno.

Portanto mexa-se!

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EXCESSO DE TREINAMENTO?


Boa Tarde, primeiro gostaria de parabenizá-lo pelo seu blog, realmente muito bom। Pratico ciclismo a um ano e meio, entre 4 e 6 vezes por semana, porém faço outros esportes nos dias que não faço ciclismo(e as vezes pratico os dois)। Minha rotina de treinamento é mais ou menos essa:
SEG - faço natação, spining e corro(entre 5 e 10KM, na esteira)TER - Ciclismo(entre 40 e 60 KM)QUA - faço natação, spining e corro(entre 5 e 10KM, na esteira)QUI - Ciclismo(entre 40 e 60 KM)SEX - descansoSAB - Ciclismo(entre 40 e 70KM)DOM - Ciclismo(entre 40 e 100KM) e algumas vezes jogo futebol no meio desses treinos, aumento alguns dias no ciclismo etc। Minha dúvida é o seguinte: Posso fazer essa quantidade de exercícios, ou o melhor seria diminuir os dias e aumentar a carga? OBS: Meu objetivo é ser um bom ciclista, chegar perto dos profissionais।


Obrigado, Até mais Augusto Marson Fávero.


Em relação ao seu treinamento fica difícil inferir em relação ao mesmo, somente com os dados informados. Mas podemos levantar algumas questões: você dentro desta freqüência e distribuição dos treinos na semana e com os volumes em relação à kilometragem percorrida está conseguindo melhorar seus tempos? Algum sintoma de excesso de treino como, por exemplo, irritabilidade, redução de apetite, insônia, diminuição de libido? Caso sua resposta for negativa, ou seja, estiver tudo transcorrendo normalmente, podemos concluir que não está havendo abuso.
Devemos lembrar que é necessário uma periodização de treinamento, que nada mais é que um planejamento anual, onde vai existir uma correlação entre intensidade e volume de treinamento.
Observei que você não realiza musculação, o que é fundamental para melhorar seus rendimentos, claro que este treino tem que ser específico para você. Sugiro ainda que se possível procure um medico com formação em medicina esportiva ou na ausência deste profissional um endocrinologista pode ser uma boa opção, este profissional pode solicitar alguns exames entre os quais; dosagem de cortisol, CPK, creatinina e outros para verificar algum problema relacionado com excesso de treinamento.

Um grande abraço e espero que possa ter ajudado.

sexta-feira, 19 de junho de 2009

AVALIAÇÃO COMPOSIÇÃO CORPORAL

A partir do século XIX iniciou o interesse pelas medidas dos componentes do corpo humano, este interesse se intensificou no final do século XX pela associação existente no excesso de gordura corporal e a prevalência no desenvolvimento de diversas doenças como: cardiopatias, hipertensão, diabetes tipo II, osteoartrite, pulmonar obstrutiva e alguns tipos de câncer (Heyward & Stolarczyl, 2000).
Até o início do século XX a análise da composição corporal ainda era feita através da dissecação de cadáveres (in vitro), considerada até hoje a única maneira direta para medir os principais componentes do corpo humano. Nos últimos anos vários métodos foram desenvolvidos e aperfeiçoados com o objetivo de medir e estratificar os componentes da massa corporal. Estes métodos são divididos em diretos, indiretos e duplamente indiretos.
Neste artigo vamos dissertar a respeito de dois métodos duplamente indiretos (DOBRAS CUTÂNEAS E IMPEDÂNCIA BIOELÉTRICA INCLUINDO A TANITA e o OMRON) utilizados para a avaliação da composição corporal.
As técnicas duplamente indiretas possuem algumas vantagens em relação aos outros métodos, são menos rigorosas, têm uma melhor aplicação prática e um menor custo financeiro, podendo ser aplicadas em grande escala em ambiente de campo e clínico.
Segundo Garrow (1992), o método ideal para medir a composição corporal “deve ser relativamente barato, e que forneça pouco incômodo ao avaliado; ser operado por técnicos capazes e render resultados altamente acurados e reprodutíveis”. Para isso, os profissionais que trabalham com a AVALIAÇÃO DA COMPOSIÇÃO CORPORAL devem ter um conhecimento profundo da metodologia da técnica escolhida e dos critérios de autenticidade científica (validade, confiança e objetividade). Um teste é considerado válido quando ele mede tão precisamente o que se propõe a medir. A confiança ou fidedignidade e a objetividade estão relacionadas com a reprodutibilidade dos resultados tanto inter(mesmo avaliador) quanto intra-avaliador(entre avaliadores diferentes) (Fernandes,1999).
Neste sentido estatisticamente é utilizado o coeficiente de correlação (r) quanto mais próximo de 1,00 for o valor encontrado, maior a fidedignidade dos métodos que vamos abordar em relação a PESAGEM HIDROSTÁTICA, método utilizado para validar todos os demais métodos no que tange a AVALIAÇÃO DA COMPOSIÇÃO CORPORAL.

O método de DOBRAS CUTÂNEAS (DOC)

Tem sido muito utilizado para estimar o %GC (Percentual de Gordura Corporal) em situações de campo e clínica, devido a sua fácil utilização e custo relativamente baixo quando comparado às outras técnicas. É importante ressaltarmos que este método pode apresentar diferenças de até 3% no %GC estimado ou até 12 mm para um único ponto quando não respeitadas às padronizações/protocolos de medidas ou pela falta de experiência do avaliador.
Porém quando os avaliadores são experientes e respeitam as padronizações o erro cai para menos de 1% para valores do %GC (Pollock & Jackson, 1984 e Pollock et al., 1986 cit. Pollock & Wilmore, 1993).
Segundo ACSM’S (2000) a composição corporal pelo método de DOC quando correlacionado com a PESAGEM HIDROSTÁTICA (PH) procedimento este conhecido como MÉTODO OURO e utilizado cientificamente para validar outros métodos existentes, a utilização das dobras cutâneas obteve um r= 0,70 a 0,90.
As primeiras equações para análise da composição corporal através de medidas antropométricas foram divulgadas por Brozek e Keys em 1951 cit. Pollock & Wilmore (1993). Hoje, existem inúmeras equações específicas e generalizadas para predizer a gordura corporal pelo método de DOC. Dentre elas destacam se as equações generalizadas de Jackson & Pollock (1978 e 1980) as quais foram validadas para homens com idade entre 18 e 61 anos e para mulheres entre 18 e 55 anos. As equações de Siri (1956) e Brozek (1963) cit. Pollock & Wilmore (1993) são geralmente utilizadas para converter a DOC em % GC. No Brasil alguns estudiosos como Guedes (1985) e Petroski (1995), desenvolveram e validaram equações para estimativa da composição corporal através do método de DOC.

Análise de Impedância Bioelétrica (BIA)

Este método baseia-se na condução de uma corrente elétrica de baixa intensidade (500 a 800 μA e 50 kHz) através do corpo. A impedância (Z) ou resistência ao fluxo da corrente elétrica é medida pelo analisador de BIA. Como Z varia de acordo com o tecido que está sendo medido, por exemplo, a Massa Corporal Magra (MCM) é um bom condutor de energia; devido a sua alta concentração de água e eletrólitos e a Massa Gorda (MG) é um mal condutor de energia, um indivíduo com uma grande quantidade de MCM terá uma menor resistência à corrente elétrica, ou seja, um menor valor de Z (Wagner & Heyward, 1999); então podemos dizer que Z é diretamente proporcional ao percentual de gordura corporal. O analisador de BIA é um aparelho tetrapolar, o qual utiliza quatro eletrodos (dois condutores colocados na mão e no pé e dois receptores colocados no punho e no tornozelo).
A validade e a precisão do método de BIA são influenciadas por vários fatores como tipo de instrumento, colocação do eletrodo, nível de hidratação, alimentação e prática de exercícios anteriores ao teste e ciclo menstrual, temperatura ambiente e equação de predição (Heyward & Stolarczyl, 2000). Várias equações de BIA foram desenvolvidas para crianças, idosos, índios americanos, hispânicos, brancos, obesos e atletas e conseqüentemente cada uma obteve a sua validação com r variando de 0,60 a 0,98 (Kushner, 1992).
Para não comprometer o resultado da análise da composição corporal por BIA, cuidados prévios devem ser levados em consideração como: não comer ou beber antes de 4 h do teste; não fazer exercícios 12h antes do teste; urinar 30min. antes do teste; não consumir álcool 24h antes do teste; não fazer uso de medicamentos diuréticos nos últimos 7 dias; ter certeza de que não está retendo líquido devido ao ciclo menstrual (Heyward & Stolarczyl, 2000).
A Tanita e o Omron são equipamentos recentemente comercializados que utilizam também o fluxo da corrente elétrica para estimar o % de gordura corporal. A Tanita utiliza o contato dos pés em uma plataforma medidora, a qual envia uma corrente elétrica através das pernas e do tronco. O indivíduo fica em posição ereta, com quatro eletrodos dispostos no calcanhar e na sola dos pés (Jebb et al., 2000). Existem mais de dezesseis modelos diferentes de Tanita, muitos ainda em processo de validação. Alguns estudiosos têm testado a validade de Tanita. Quando correlacionada com PH obteve r= 0,94 e 0,78 (Hanier et al., 1995 e Utter et al., 1999). O Omron utiliza o contato das mãos para emitir a corrente elétrica através dos braços e do tronco. O avaliado em pé coloca suas mãos no local do eletrodo e eleva os braços à sua frente formando um ângulo de 90o entre os braços e o tronco. Arratibel (1999) demonstrou em seu estudo que este instrumento pode ser tão válido quanto às medidas DOC. Ambos têm a vantagem do baixo custo, facilidade de aplicação e portabilidade.
Mas, apesar de serem utilizados em ambientes clínicos e esportivos, ainda estão em processo de validação e devem respeitar os cuidados já citados।

Infelizmente temos observado que alguns profissionais da área Médica e Nutrição realizam a Avaliação da Composição Corporal através da BIA sem os cuidados citados anteriormente, quando isto ocorre os valores encontrados são SUBSTIMADOS ou SUPERESTIMADOS, ou seja, ficam abaixo ou acima respectivamente dos valores verdadeiros, e se levarmos em conta que muitas vezes estes profissionais utilizam os dados para estimar os valores da Taxa Metabólica Basal e do Gasto Calórico Total, para prescreverem DIETAS hiper ou hipocalóricas dependendo do objetivo de seus clientes, o erro final será ainda maior colocando em risco os resultados tão almejados pelos clientes.

quarta-feira, 3 de junho de 2009

Algumas Considerações Sobre Abdominais.


Algumas Considerações Sobre Abdominais.

Sem dúvida uma das partes do corpo que mais incomoda as pessoas é a famosa barriguinha. Preocupação esta, constatada nas academias de ginástica, e se engana quem pensa que os homens são diferentes das mulheres neste quesito. Entretanto, muitos se esquecem que além da questão estética, existe uma preocupação em relação à saúde do indivíduo.
Neste sentido os exercícios abdominais devem ter uma visão primária voltada para a melhora e/ou manutenção da qualidade de vida/saúde, e num segundo plano para a estética.
Uma das maiores causas de afastamento do emprego é a lombalgia (dor lombar), fato este agravado pela hipotonia (enfraquecimento) da musculatura abdominal. Outro fator é a hiperlordose lombar(aumento exagerado da curvatura da coluna lombar) que também está associado à falta de tônus abdominal. O aumento desta curvatura leva a incidência de lombalgias (dores na região lombar) tanto no sexo masculino como no feminino. De um modo geral o sobrepeso e a obesidade possuem uma relação direta com este acontecimento em ambos os sexos. Já para as mulheres o uso constante de salto alto aliado a musculatura da parede abdominal enfraquecida aumenta as chances de lombalgia.

Vaz e colaboradores (1999) destacam que a fraqueza da musculatura abdominal está associada a distúrbios como:

* Ptose ou projeção anterior da região abdominal;
* Dificuldade de elevar a cabeça a partir da posição em decúbito dorsal devido, principalmente, à debilidade do músculo Reto Abdominal;
* Dificuldade expiratória;
* Dificuldade na realização de determinados movimentos tais como a tosse, o vômito, o espirro e movimentos de parto na mulher ;
* A acentuação da lordose lombar, devido ao fortalecimento
desproporcional do músculo Psoas maior em relação aos músculos abdominais, acarretando a lombalgia.


Estética corporal: por vivermos em um país tropical com sol em abundância e vasto litoral, o corpo fica mais a mostra o que leva a uma constante preocupação com a famosa “barriguinha”. Neste sentido é importante destacarmos que não existe redução, depletação dos estoques de gordura local, portanto de nada adianta realizarmos exercícios localizados com o propósito de diminuirmos estes estoques. A gordura é oxidada do todo, ao contrário da hipertrofia muscular que ocorre na região específica que é treinada.
A solução para a diminuição da circunferência abdominal consiste em vários fatores, os quais envolvem mudança no cotidiano do indivíduo.
A combinação de uma dieta balanceada e exercícios físicos continuam sendo a melhor opção.
É importante destacarmos que é fundamental o equilíbrio das cadeias musculares, neste caso específico região abdominal e lombar devem ser treinadas.
Um dos maiores erros que as pessoas cometem e até mesmo alguns Treinadores/Educadores Físicos, é dar ênfase na musculatura abdominal e esquecerem a região lombar. Quando a musculatura da região lombar é deixada de “lado”, tende ocorrer à retificação desta curvatura, ou seja, redução da mesma, fato este que aumenta as chances de dores.

Como treinar?

Primeiramente deve haver uma correlação positiva entre as variáveis de volume e intensidade no treinamento.
Variáveis de volume são consideradas quantitativas e podemos destacar número de séries e repetições.
Variáveis de intensidade são qualitativas: velocidade de execução dos movimentos e sobrecarga (peso).

Não será a execução de mil abdominais todo o dia que irá transformar o abdômen em um tanque de lavar roupa. Exercícios abdominais que priorizem amplitude de movimentos, qualidade de execução, velocidade adequada e aumento da carga/peso são indispensáveis para a melhora da estética e saúde.


Exemplo de treinamento:

Alunos Iniciantes: primeiras 4 semanas em dias alternados.
1 a 2 séries de 12 a 15 repetições, velocidade moderada, aproximadamente 2 a 3 segundos por repetição e com o peso do próprio corpo.

Alunos Intermediários: da quinta a oitava semana, podendo treinar dois dias consecutivos por um de descanso.
3 a 4 séries de 12 a 20 repetições, velocidade moderada a lenta, aproximadamente 3 a 4 segundos por repetição e acrescentado peso.

Alunos Avançados: A partir da nona semana todos os dias.
(OBSERVAÇÃO: podem treinar todos os dias, não significa que devam treinar todos os dias) 4 a 6 séries variação de exercícios, 12 a 30 repetições, velocidade lenta, aproximadamente 4 a 6 segundos por repetição e acrescentando peso.

IMPORTANTE: Procurar uma boa academia, ter sempre a orientação de um Profissional de Educação Física e seguir o PLANO DE TREINAMENTO prescrito pelo seu professor é o caminho mais seguro e rápido para atingir os resultados sem por em risco a saúde.

As orientações de treinamento citadas acima são apenas SUGESTÕES, para cada objetivo, nível de condicionamento físico, alterações posturais e patologias existe uma maneira correta de treinamento.

Professor Júnior graduado em Educação Física e Pós-Graduado em Musculação e Treinamento de Força. CREF:2728/G-SC

segunda-feira, 25 de maio de 2009

TREINAMENTO CONCORRENTE


Gustavo Pereira do Bonfim
CIDADE: Viçosa
ESTADO: Mg
PROFISSÃO: Estudante
Gostaria de saber mais sobre o 'treinamento concorrente' , exercício aeróbico x anaeróbico na mesma sessão de treino. Quais as suas implicações e qual a forma correta de se treinar?

RESPOSTA:Gustavo tudo vai depender dos objetivos, e da interação entre volume e intensidade de treinamento. Se o objetivo for hipertrofia muscular a maioria dos trabalhos científicos demonstram que seria mais prudente realizar o trabalho aeróbio em períodos diferentes e se possível em dias distintos. Já quando o objetivo é maximizar o componente aeróbio, o treinamento de força parece não ser deletério e muitos estudos demonstram que esta associação pode ser positiva.

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Treinamento de força para crianças e adolescentes


Treinamento de força para crianças e adolescentes- Treinamento de força para crianças e adolescentes. Quais são os mitos, cuidados, sugestões de programas, riscos, etc. BIRATAN DOS SANTOS PALMEIRA
RESPOSTA:
Biratan, o treinamento resistido com pesos é totalmente seguro para crianças e adolescentes, desde que seja respeitado e controlado nível de maturação biológica, técnica de execução dos movimentos e as variáveis que compõem o treinamento. Alguns profissionais da área de saúde são contrários à musculação por total falta de conhecimento científico. Muitos dizem que a musculação causa impacto sobre as articulações e epífises ósseas e isto traria efeito deletério no que se refere ao crescimento destes indivíduos. A musculação quando orientada e prescrita corretamente não provoca impacto e sim pressão sobre o sistema osteomioarticular. Mesmo que houvesse impacto este não traria prejuízo sobre o desenvolvimento físico, em especial no que se refere à estatura “altura”, pois vejamos: Em uma aula de Educação Física normal como Vôlei e Basquete sempre que uma criança salta para realizar um saque, uma cortada, um bloqueio ou um rebote e retorna ao solo existe impacto, mas nem por isso estas deixam de crescer normalmente, prova disto são os jogadores de Basquete ou vôlei que iniciam seu treinamento ainda quando crianças e atingem estatura bem acima da média populacional.
Força é a capacidade de exercer tensão muscular contra uma resistência, sendo requisito fundamental na maioria das atividades físicas diárias de crianças e adultos(Simão,2001). A freqüência de lesões no treinamento de força é baixa quando comparada a muitas outras atividades infantis consideradas seguras. Lillegard e colaboradores (1997), ao estudarem 52 adolescentes pré-puberes submetidos ao TR. De força, encontraram somente um caso de lesão. A Associação Nacional de Força e Condicionamento, as Sociedades de Medicina Desportiva e a Academia Americana de Pediatria são unânimes em aceitar que as crianças e adolescentes podem se beneficiar com um programa de treinamento de força corretamente prescrito e supervisionado.

Embasamento científico:
IDADE:11 a 13 anos
CONSIDERAÇÕES: Ensinamentos das técnicas. Aumento gradual do peso. Introdução de exercícios mais avançados com pouca ou nenhuma carga.

14 a 15 anos
Exercícios de força mais avançados. Enfatizando a técnica. Aumento do volume.

16 anos em diante
Nível inicial de programas para adultos.
Fonte: FLECK, S. J; KRAEMER, W. J. Fundamentos do treinamento muscular, 1999.

Gostaria de saber sobre o método de treinar até a exaustão




Gostaria de saber sobre o método de treinar até a exaustão. Márcio Roberto carlos Praxedes.
RESPOSTA: MÁRCIO VAMOS PROCURAR ESCLARECER SUA DÚVIDA.
MÉTODO EXAUSTÃO: É UTILIZADO PARA OS SEGUINTES OBJETIVOS: RESISTÊNCIA MUSCULAR, HIPERTROFIA MUSCULAR E FORÇA MÁXIMA.
QUEM DEVE UTIZAR ESTE MÉTODO DE TREINAMENTO? ALUNO EM UM ESTÁGIO AVANÇADO.
NÚMEROS DE SEMANAS RECOMENDADAS: APROXIMADAMENTE DUAS SEMANAS.
MOTIVO? POR SEU UM MÉTODO DE TREINAMENTO MUITO INTENSO,AUMENTA OS RISCOS DE LESÃO E CATABOLISMO MUSCULAR.
PROCEDIMENTO: ESTE MÉTODO É MUITO UTILIZADO POR VÁRIOS PRATICANTES QUE DESEJAM HIPERTROFIA MUSCULAR, E SEU OBJETIVO É REALIZAR AS REPETIÇÕES ATÉ A EXAUSTÃO. AS REPETIÇÕES SERÃO FINALIZADAS QUANDO A FASE CONCÊNTRICA DO MOVIMENTO NÃO FOR COMPLETADA (FALHA CONCÊNTRICA MOMENTÂNEA), OU, QUANDO O PADRÃO DO MOVIMENTO ESTIVER COMPROMETIDO.

VOCÊ TEM DUAS OPÇÕES PARA UTILIZAR ESTA FORMA DE TREINAMENTO:
PRIMEIRO TER UM BOM PARCEIRO PARA AUXILIAR NAS ÚLTIMAS REPETIÇÕES, EVITANDO DESTE MODO LESÕES.
SEGUNDO TREINAR EM MÁQUINAS, CASO VOCÊ NÃO TENHA UM PARCEIRO DE TREINO.

quarta-feira, 20 de maio de 2009

Dor no ombro e exercícios em estação de musculação


Dor no ombro e exercícios em estação de musculação Tenho 43 anos e não pratico musculação desde os 18, exceto por um breve período no ano passado quando realmente voltei a pegar gosto pela coisa. Retomei os exercícios este ano sozinho em casa e após um tempo utilizando-me de barras e halteres, resolvi comprar uma pequena estação Athletic.
O problema é que quando realizo o exercício voador sinto muita dor no ombro, alguma sugestão de como realizar o exercício corretamente ou quanto ao que poderia estar causando essa dor na posição inicial do movimento? Jesus Oliveira
Resposta: Jesus Oliveira é fundamental que você realize uma consulta médica de preferência com um ortopedista para que este possa avaliar seu quadro e determinar qual o procedimento mais adequado já quer este parece ser um problema crônico, outro fator importante é você procurar orientação profissional, neste caso de um professor de Educação Física para orientá-lo da maneira correta de realizar os exercícios e controlar as variáveis que compõe um treinamento. Como você possui um aparelho multi-estação poderá contratar um Personal Trainer para orientá-lo em todas as sessões de treinamento, ou para prescrever um treino inicial e fazer visitas a cada quinze dias para verificar a correta execução dos exercícios. Quanto à questão do voador verifique se a posição dos braços está correta, os cotovelos devem estar ligeiramente alinhados abaixo dos ombros, deste modo você intensifica a ação da musculatura peitoral e diminui a tensão nos ombros.