quinta-feira, 30 de abril de 2009

Atividade Física e Redução de Peso

Atividade Física
Melhores resultados na perda de peso são obtidos quando se associa atividade física à dieta. O exercício físico facilita a aderência à dieta hipocalórica e vice-versa, alterando a proporção de gordura e carboidratos
utilizados tanto durante a atividade física como em repouso, e acrescentando maior perda de gordura corporal durante o tratamento. É um mito associar a atividade física ao aumento do apetite. Quando se avalia a ingestão de macronutrientes em 24 horas, observa-se que nos dias em que são feitos os exercícios a ingestão calórica é semelhante aos dias sem atividade física programada. Mas o exercício físico parece influenciar na seleção dos macronutrientes. Exercícios de longa duração e baixa intensidade produziram maior ingestão de lipídeos do que em condições sedentárias e os exercícios de alta intensidade e curta duração produziram um consumo maior de carboidratos. O exercício físico melhora a força muscular, o equilíbrio, a agilidade e o condicionamento cardiovascular não só no momento do exercício, mas durante o restante do dia. Quando um indivíduo obeso perde peso, há redução do tecido adiposo, também de massa magra (água, eletrólitos e tecido muscular). Quanto mais intensa a perda de peso, maior é a perda de massa magra. Quando o tratamento não inclui atividade física, esta perda pode chegar a ser de 25 a 30% da redução total do peso. Se associado a uma atividade aeróbica, a perda de massa magra pode ser reduzida a 5%. A importância dessa preservação da massa magra reside no fato de esta ser o maior determinante do gasto metabólico basal (GMB). Como o GMB representa cerca de 60 a 70% do gasto energético diário total, modificações de 1 a 2% teriam um grande efeito na regulação do peso a longo prazo. Além disso, a restrição calórica produz redução de 15 a 30% no GMB, com conseqüências óbvias: a redução de peso cria situações adaptativas no gasto energético que podem prevenir posterior redução do peso, o que poderia ser revertido com o acréscimo da atividade física. A atividade física prescrita pode ser a programada e a não programada. As atividades físicas não programadas são as atividades rotineiras e devem ser incluídas no programa de perda de peso. Modificações de coisas simples (como reduzir o uso de controle remoto da televisão, de telefones sem fio, de elevadores e escadas rolantes, deixar o carro em casa de vez em quando e passear a pé) fazem diferença importante no final do dia. A atividade física programada deve fazer parte do tratamento para perda de peso, mas no momento de prescrevê-la devemos levar em conta as limitações do paciente, tais como magnitude da obesidade, doença isquêmica, problemas ortopédicos etc. A adesão é maior quando há prazer no exercício praticado. Além dos benefícios da atividade física como tratamento para perda de peso, é unanimidade que ela é fundamental para a manutenção do peso perdido.
Observação: O artigo completo pode ser encontrado na Revista ABESO » Edição nº 33 - Ano VII - Nº 33 - Dez/2007 » Artigos sobre Obesidade