sábado, 22 de agosto de 2009

Proteínas



Parecer de 2009 da Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do Esporte
ProteínasA ingestão proteica deve ser obtida por uma dieta normal e variada, sendo a suplementação uma forma prática e segura de adequar sua ingestão de boa qualidade e a biodisponibilidade de aminoácidos, para as demandas aumentadas de um atleta em treinamento e competição.
O horário e seu tipo é parte de um programa de treinamento e tem por objetivo principal melhorar a recuperação muscular.
Para se estabelecer o valor adequado para ingestão de proteína, é necessário, antes de tudo, determinar, além das características individuais (sexo, idade, perfil antropométrico, estado de saúde, etc.), parâmetros básicos a respeito da atividade física praticada, tais como intensidade, duração e frequência.
Para indivíduos sedentários, recomenda-se a ingestão de 0,8g de proteína por kg/dia. Já indivíduos ativos, com a ingestão de 1,2 a 1,4g/kg/dia, teriam sua demanda atendida.
Para esportes em que o predomínio é a resistência, as proteínas têm um papel auxiliar no fornecimento de energia para a atividade, calculando-se ser de 1,2 a 1,6g/Kg de peso a necessidade de seu consumo diário.
Visando à hipertrofia muscular, atletas ou não teriam suas necessidades atendidas com o consumo máximo de 1,8g/kg/dia contempladas perfeitamente em uma alimentação equilibrada, salvo situações especiais.
Estudos recomendam que o uso dos suplementos proteicos, como a proteína do soro do leite ou a albumina da clara do ovo, deve estar de acordo com a ingestão proteica total. O consumo adicional desses suplementos proteicos acima das necessidades diárias (1,8g/kg/dia) não determina ganho de massa muscular adicional, nem promove aumento do desempenho.
Ingestão proteica, após o exercício físico de hipertrofia, favorece o aumento de massa muscular, quando combinado com a ingestão de carboidratos, reduzindo a degradação proteica. A dose recomendada é de 10g de proteínas e 20g de carboidratos. Esse consumo deve estar de acordo com a ingestão proteica e calórica total. O aumento da massa muscular ocorre como consequência do treinamento, assim como a demanda proteica, não sendo o inverso verdadeiro
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Creatina II



Parecer de 2009 da Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do EsporteA creatina tem sido apontada como o suplemento nutricional de maior eficiência na melhora do desempenho em exercícios de alta intensidade e no aumento de massa muscular. Já seu uso como recurso ergogênico em atividades físicas prolongadas não encontra nenhum suporte na literatura científica. A melhora, ou não, do desempenho em exercícios com predominância aeróbia é pouco documentada.
Embora com resultados ainda controversos, muitos estudos têm sugerido que a creatina teria efeito ergogênico em indivíduos nos quais se constata diminuição de aporte da creatina exógena alimentar, como os vegetarianos e os indivíduos idosos, sendo somente para estes casos específicos, após boa análise do profissional especializado, médico e/ou nutricionista, justificável seu uso, embora, ainda, com fraco grau de recomendação.
Somente para atletas competitivos de eventos de grande intensidade e curta duração, ou sejam, atividades nas quais predomina a utilização de fosfagênios, sempre em caráter excepcional, seu uso é permitido. Portanto, mesmo nesses casos, a recomendação é a de que em geral não se deve usar a suplementação de creatina, sendo seu uso aceito em raras ocasiões. Para os demais desportistas fica estabelecida a recomendação de nunca usar.
Desse modo, recomenda-se que a utilização da creatina como suplemento, com finalidade ergogênica, seja analisada individualmente, caso a caso, de acordo com as necessidades analisadas.

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

SUPLEMENTAÇÃO DE CREATINA NO TREINAMENTO DE MUSCULAÇÃO


SUPLEMENTAÇÃO DE CREATINA NO TREINAMENTO DE MUSCULAÇÃO E
INFLUÊNCIA NO AUMENTO DE MASSA MUSCULAR.
Graham AS e Hatton RC (1999) numa revisão dos artigos sobre a suplementação de creatina forneceram uma visão geral dos dados sobre a eficácia assim como a segurança da suplementação. Segundo os autores, o uso de creatina tem sido cada vez mais comum entre atletas profissionais, se espalhando entre atletas colegiais e amadores e até mesmo sendo utilizada por crianças. Descrevem também, que apesar de muitas provas clínicas, faltam pesquisas e que devido ao marketing comercial o produto não encontra o mesmo controle de qualidade dos padrões farmacêuticos, preocupados com impurezas ou dosagens inadequadas indicadas nos rótulos.
O aumento de creatina no músculo pode permitir um grande armazenamento de fosfocreatina para desenvolver e fornecer energia. Apesar de muitas provas clínicas faltam pesquisas. Investigações laboratoriais envolvendo vários protocolos de força e resistência tiveram rendimentos aproximados, manifestando um efeito positivo ou nenhum efeito, sendo que, o desempenho é mais freqüentemente aumentado nas atividades de curta duração e alta intensidade não sendo vantajosa em esportes de resistência. Em relação aos aumentos de massa corporal as mesmas conclusões podem ser relatadas. Alguns estudos encontraram resultados positivos no aumento de massa corporal durante suplementação de curta ou longa duração (Ziegenfuss et al.; 1998a e Volek et al., 1997a citados por Williams et al., 2000; Volek et al., 1997; Mihic et al., 2000; Rawson et al., 2000; Volek et al., 1999), porém vários cientistas não conseguiram comprovar a eficácia da suplementação de creatina (Wood et al., 1998; Thompson et al., 1996; Larson et al., 1998, citados por Williams et al., 2000; Bermon et al., 1998; Stevenson e Dudley, 2001) necessitando que mais estudos sejam realizados visando um melhor entendimento dos processos metabólicos relacionados ao aumento da massa corporal durante a suplementação da creatina, analisando se o aumento na composição de massa corporal decorre do efeito anabólico da creatina na síntese do tecido muscular, da retenção de água intracelular dos depósitos aumentados de creatina ou devido a outros fatores.